Alergia vs Intolerância alimentar: Conheças as diferenças e a importância de procurar um profissional da saúde

Alergia Intolerância alimentar

27/03/2019

Alergia vs Intolerância alimentar: Conheças as diferenças e a importância de procurar um profissional da saúde

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IÔNICA

Você, provavelmente, já deve ter ouvido de alguém falar que tem “alergia à lactose” enquanto comia um sanduíche com queijo – por exemplo. Muito provavelmente, essa pessoa fazia referência à intolerância à lactose, pois é muito comum confundirem os termos alergia e intolerância quando se trata a restrições alimentares.

Por isso, nesse texto vamos explicar quais as diferenças entre a intolerância e a alergia aos alimentos. Leia até o final, mas lembre-se que ao perceber algum dos sintomas, é fundamental procurar um profissional da saúde.

 

COMO SABER SE TENHO INTOLERÂNCIA ALIMENTAR?

A intolerância alimentar é bem mais frequente que a alergia e se dá quando o organismo tem alguma dificuldade em digerir determinado alimento, geralmente por alguma deficiência, como a baixa produção de enzimas que quebram determinadas moléculas. As intolerâncias mais comuns são à lactose (o açúcar presente no leite) e ao glúten (uma proteína presente no trigo, na aveia, na cevada e no centeio e em seus derivados), chamada de doença celíaca, mas há muitas pessoas que apresentam deficiências para digerir e assimilar nutrientes de carnes, frutas, ervas e frutos do mar.

A dificuldade para digerir determinado alimento causa um desgaste na mucosa do intestino – e algumas vezes na mucosa de outros órgãos do tubo digestivo.

Os sintomas mais comuns de intolerância alimentar são:

– flatulência;

– cólica intestinal;

– inchaço abdominal;

– dor no estômago;

– dor de cabeça;

– enjoo;

– vômito;

– diarreia ou prisão de ventre;

– coceira e/ou ardor na garganta.

 

Ao contrário das alergias, pessoas com intolerância alimentar não correm risco de morte, mas isso não quer dizer que não se deve ter cuidado e atenção ao problema. A irritação crônica da mucosa pode causar quadros mais graves, principalmente em pessoas com doença celíaca (intolerância ao glúten). Os celíacos podem sofrer de desnutrição e desidratação, que, em casos mais graves, podem causar perda de densidade óssea, infertilidade, problemas neurológicos e até câncer no intestino. Para evitar o agravamento, é necessário restringir a alimentação, eliminando totalmente alimentos que contenham glúten e, para muitos pacientes, pode ser indicada a suplementação de cálcio, folato, ferro, vitaminas B12, D e K, e zinco. Procure um médico ou nutricionista para elaborar uma fórmula para ser manipulada, com dosagem específica de enzima para o seu caso.

Normalmente, as intolerâncias são observadas pelos próprios pacientes, que já chegam aos consultórios médicos com queixas dos sintomas. A intolerância à lactose e a intolerância ao glúten podem ser diagnosticadas por exame de sangue; em alguns casos, quando há suspeita de doença celíaca, pode ser solicitada uma biópsia do intestino delgado.

 

 

QUAIS OS SINTOMAS DE ALERGIA ALIMENTAR? COMO SABER SE TENHO ALERGIA?

O processo alérgico é desencadeado por uma reação do sistema imunológico a alguma substância que o organismo entende como ameaça. Dentre os tipos de alergia, as dermatológicas e respiratórias são mais comuns; e as alimentares atingem em torno de 8% das crianças brasileiras e 5% dos adultos, de acordo com dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

As reações alérgicas costumam ser mais graves que as de intolerância e, dependendo do grau da alergia e da quantidade de alergeno (substância que provoca reação alérgica), pode haver risco de morte por edema de glote (inchaço que dificulta ou até impede a respiração) e, em casos mais graves, anafilaxia (choque anafilático). Os sintomas da alergia costumam ser imediatos, e os mais comuns são:

– urticária (coceira);

– angioedema / inchaço (principalmente na boca, língua e nos olhos);

– congestão nasal, coriza e coceira intensa no nariz;

– manchas (chamas de placas) vermelhas;

– vômito;

– diarreia;

– edema de glote.

 

Alguns quadros de alergia na infância podem ser revertidos com um tratamento adequado, chamado de dessensibilização, que consiste em dar doses de alérgenos ao longo de meses ou anos, de modo que não causem reação. Esse tratamento pode ser feito para alérgicos a leite, soja, ovo e trigo e funciona como uma espécie de vacina, que vai tornando o paciente resistente à proteína desses alimentos. Em alguns casos a alergia é persistente, ou seja, a pessoa nunca poderá ingerir os alimentos que desencadeiam reação imunológica. Há, ainda, casos em que pacientes adultos apresentam reações alérgicas por um determinado período de tempo.

Grosso modo, as alergias são descobertas pelo próprio paciente após uma crise e é possível confirma-las com exames específicos. O tratamento se dá em cortar os alimentos que causam alergia e procurar um profissional da saúde para que ele indique a melhor forma de tratar essa situação.

 

*Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.

 

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Uma resposta para “Alergia vs Intolerância alimentar: Conheças as diferenças e a importância de procurar um profissional da saúde”

  1. Clau disse:

    Como q alergia Alimenta nao tem risco de morte? EY nao posso comer camarao nem queijos com fungos .. nao entendi essa parte.

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